Sunday, September 16, 2007

10.º 1.ª

A pouco e pouco, irei pondo aqui os bibliofilmes do 10.º 1.ª. A seguir a cada filme, uma sua avaliação.

Brigitta
(José Gomes Ferreira, Poeta militante)

Brigitta (18) José Gomes Ferreira, Poeta militante Leitura, dicção Não só não há falhas de pronúncia, entoação, como se consegue intercalar momentos de representação mais do que de leitura (sem que o todo fira, precisamente porque a leitura, sóbria, é correcta e os momentos de quase-representação são verosímeis). Relação com livro Lê-se poema, investigam-se palavras do título do livro, associa-se livro a prémio recebido e o autor à escola. Resulta de tudo isto um objecto que está entre o clip de recensão a livro e a autobiografia. Escrita Pela articulação dos dois géneros a que aludi, consegue-se um filme que, parecendo espontâneo e simples, tem escrita impecável (ou quase: «* poema nela contida» seria «poema nela contido») e rica estrutura narrativa. Interessante o aproveitamento de outro livro, o dicionário. Regras Cumpre todas.

Joana L. (Luís de Camões, Os Lusíadas)

Joana L. (16-15,5) Luís de Camões, Os Lusíadas Leitura, dicção Muito boa, quer nos momentos mais sérios, quer nos muito expressivos, quer nos de paródia. Relação com o livro Faz-se trailer do poema épico (a paródia vem do contraste com as imagens actuais, com os estilos de locução e de pronúncia, marcada dialectalmente). Um reparo à escolha da obra: neste trabalho, teria preferido livro que tivesse sido objecto de leitura propositada este ano. Escrita O género ‘trailer’ é muito bem percebido. Mas pode criticar-se o haver pouco texto próprio (sim, é verdade, a montagem e a voz já recriam o texto original). Regras Excede o tempo (em um minuto e tal!).

Raquel (Anne Frank, O diário de...)

Raquel (15) Anne Frank, O diário de... Leitura, dicção A Raquel mostra facilidade na leitura (não vejo tropeções, falhas na «pontuação» ou na pronúncia), mas a rapidez prejudica o resultado final (parece que houve demasiada preocupação em dizer muito nos minutos disponíveis: teria sido mais avisado planificar texto menos ambicioso para o tempo que havia). Relação com livro Faz-se uma sinopse desenvolvida (que mostra que se leu a obra e se investiu na escrita, mas que é talvez menos interessante do que uma abordagem criativa — um texto paralelo, transposto para outro contexto, um final diferente, uma nova página de diário, etc.) Escrita Houve trabalho e, dada a dimensão do texto escrito, não há muitas falhas. Encontro algumas preposições trocadas ou em falta: «*sobre o domínio» («sob» é que era); «*o livro que lhes vou falar» («de que lhes vou falar»); «*crianças judias que lhes» («crianças judias a quem»). Também: «*na eminência» (por «iminência»); «*transparece ser» («parece ser»). E há que economizar os determinantes possessivos (tantos «seus»!). Regras Há demasiadas imagens do próprio filme.

Pedro I (Jostein Gaarder, O mistério do jogo das paciências)

Pedro (15,5-16) Jostein Gaarder, O mistério do jogo das paciências Leitura, dicção Boa, sem incorrecções ou tropeções evidentes (aqui e ali, a «definição» das palavras podia ser mais nítida; parte da frase fica amalgamada; já agora «padeiro» lê-se «p[á]deiro»). Relação com o livro Começa-se por uma espécie de resumo/sinopse que, percebe-se depois, é a introdução de um trailer. Ficamos com vontade de ler o livro, o que revela que plano está bem concebido. Estilo de ‘trailer’ é conseguido razoavelmente apenas (falta música e maior ritmo talvez). Escrita Não vi nenhum problema. Será este um dos pontos fortes. Regras Cumpre todas.

Eliana (António Gedeão, Obra poética)

Eliana (16,5) António Gedeão, Obra poética Leitura, dicção A leitura (quer dos textos de Gedeão quer das parte escrita pela autora) é sempre boa (sem falhas de entoação ou de pronúncia; noto só um lapso na leitura de Gedeão: «que dilacera» e não «que se dilacera»). Pena é que um problema técnico — no som — prejudique bastante a percepção dessa qualidade. Relação com livro Relatam-se circunstâncias da leitura, mostra-se livro, dão-se informações biográficas (também acompanhadas da experiência de pesquisa), referem-se ou lêem-se poemas. Articulação de todos estes aspectos está bem pensada, torna agradável a assistência ao bibliofilme (não fosse a maldita ressonância!). Escrita Já fui dizendo que a concepção foi boa, mistura de recensão crítica com pequenas memórias pessoais. E não notei nenhuma falha de redacção (uma apenas: em vez de «era possível» teria de ser «é possível». Regras Cumpre todas.

João G. (Luís de Camões, Lírica)

João G. (16) Luís de Camões, Lírica Leitura, dicção Irrepreensível a leitura em voz alta quer no texto de Camões quer no soneto inventado (talvez se possa dizer que o poema de Camões exigia leitura mais rápida, mas, neste caso, a leitura teve de se ritmar pelos diapositivos e consegue-se, ainda assim, manter a musicalidade do soneto). Relação com livro Criou-se um texto antónimo do soneto de Camões. Há um aspecto que considero falhar: supunha-se que houvesse livro a ler, mas a abordagem parece-me demasiado focada num único texto (houve leitura de mais textos da lírica de Camões para além dos abordados em aula?) Escrita O texto criado é correcto, a rima está bem, a métrica não (o que, claro, não sendo obrigatório, podia ter sido tentado). Ritmo da montagem e articulação com música funcionam bem. Considero os alguns versos um pouco forçados: «bródio», «entorpecer este episódio» (e algumas das imagens escolhidas são um bocado pirosas, João, não são?) Regras Há mais diapositivos do que filme.

João Af. (João de Barros, Os Lusíadas de Luís de Camões contados às crianças e lembrados ao povo)

João Af. (17,5) João de Barros, Os Lusíadas de Luís de Camões contados às crianças e lembrados ao povo Leitura, dicção Sem nenhuma falha (aliás: há um «outr[é]m» por «outrem»). Um comediante profissional conseguiria incutir às falas tom mais risível (mas isso não o poderíamos exigir ao João). Relação com o livro Há uma recriação — paródica — da figura de Camões e do texto dos Lusíadas, escrevendo-se uma estância alternativa. Eu acentuaria os aspectos paródicos: gosto do Camões a andar de bicicleta ou a escrever no computador; mas queria ver Camões a fazer mais disparates: a usar telemóvel, a brincar com a pala do olho, a, por alguma razão fútil, perder as folhas do manuscrito antes salvo. (Um reparo: este livro é mais de divulgação do que «livro literário».) Escrita Incluo na escrita toda a planificação, excelente, a montagem e tanto efeitos (que nem sei avaliar se são difíceis ou fáceis de fazer, mas que implicam decerto tempo e cuidado). O próprio texto foi bem preparado. Uma única falha de escrita: «*Nos dias de hoje, onde» (tire-se o «onde» e prefira-se um «em que»). Regras Cumpre todas.

Laura (Claude Gutman, A casa vazia)

Laura (15-15,5) Claude Gutman, A casa vazia Leitura, dicção Correcta, ainda que não lhe fizesse mal ter mais vivacidade (lá para o final, a entoação é menos perfeita). «Claude» deve ser lido «Cl[ô]de» (nascido na Palestina, o autor é francês); um «foge» pareceu-me quase «f[ô]ge». Relação com o livro É, no essencial, uma sinopse, um resumo, mas há, ao mesmo tempo, alguns comentários reflexivos, generalizantes, o que resulta bem. Escrita Final do texto é bom, com a recuperação da fala a que já se aludira («A guerra é a pior das porcarias»); houve cuidado na escolha das imagens. Noto estas frases um tanto falhadas: «Como pode ser possível?» (Como é..., já que «possível» já tem o sentido de ‘poder’); «tendo que esconder» (melhor: tendo de esconder» Regras Na verdade, usam-se imagens fixas (não é filme).

Hugo (José de Almada-Negreiros, Contos e Novelas)

Hugo (15-15,5) José de Almada-Negreiros, Contos e novelas Leitura Deveria ser ligeiramente mais lenta, para evitar certa falta de recorte das sílabas (em que, lisboetas, já falhamos sempre); é essa mesma velocidade que impede maior expressividade, embora o tom neutro até resulte bem, por acentuar a inverosimilhança da história de Almada-Negreiros. Relação com o livro Trata-se do conto «O cágado». Convinha aludir aos restantes contos incluídos em Contos e novelas. O Hugo socorreu-se de desenhos próprios, que apoiam um «condensado» do conto. Escrita Houve trabalho de redução, mas o essencial já estava escrito. Texto, desenhos, música conjugam-se bem. Esteticamente, o objecto final é muito interessante, mesmo se os maiores méritos não têm muito que ver com a nossa disciplina. Regras Cumpre todas.

António (Marguerite Duras, O amante)

António (12) Marguerite Duras, O Amante Leitura Aceitável. Grande inovação — nunca ouvida em outros bibliofilmes — é o momento em que António narra e, ao mesmo tempo, boceja. (Claro: o filme foi feito de um dia para o outro, decerto noite fora. Mas a tarefa era o tepecê de um mês inteiro...) [Não, talvez não seja como estou a dizer. Ouvindo com mais calma, reconheço que não se trata bocejo.] Relação com o livro Faz-se resumo (a não ser no início, em que há breves considerações acerca do tipo de texto — e gostei mais dessa curta parte inicial). António poderia ter aproveitado mais o livro, que realmente leu, se tivesse fugido ao simples relato. O texto, demasiado narrativo, fica aliás condicionado também pelas imagens — do filme comercial — a que recorreu. Escrita Vê-se que houve pouco tempo de preparação. Há alguns lapsos: «Trata-se de a história» (da); «Não sente os mesmos sentimentos que ele sente por ela» (três palavras da mesma família tão juntas!); «ela, ao contrário dele, não deixa de sentir por ele» (e se se tirasse, pelo menos, um dos pronomes?); «destroça completamente» (não é preciso o «completamente»). Regras As imagens do filme homónimo foram excessivamente utilizadas (são até, se não me engano, as únicas imagens do bibliofilme).

Diogo (Sophia de Mello Breyner Andresen, Mar)

Diogo (14-14,5) Sophia de Mello Breyner Andresen, Mar Leitura, dicção Boa Relação com o livro Aproveita-se um poema desta antologia, recriando-se o texto (mantêm-se alguns versos, outros são reformulados). Escrita As soluções encontradas são certas: consegue-se a rima, não há agramaticalidades. No entanto, talvez se pudesse ter arriscado um pouco mais (há alguns lugares comuns — soluções poéticas mais primárias, como os diminutivos, o «mar profundo»). Note-se que escrevo sem ter localizado o exacto poema de Sophia (e, portanto, espero não estar a criticar escolhas que sejam da parte escrita pela poetisa!; quando puder ler o original, serei mais preciso nestes comentários). Erro no genérico: «Beira-mar» tem hífen. Regras Cumpre todas. (Mas o texto é curto, ficou bastante tempo desaproveitado. É claro que não havia tempo mínimo, mas, sendo o limite máximo os três minutos, tudo aconselhava se demorasse pelo menos minuto e meio, dois minutos.)

Micaela (Miguel Esteves Cardoso, O amor é fodido)

Micaela (16) Miguel Esteves Cardoso, O amor é fodido Leitura Bastante boa (clara e na velocidade ideal). Relação com o livro Começa-se por uma introdução escrita pela autora; seguem-se trechos que, creio, são retirados do livro (ou ainda da autora? [eu relanceei o livro e não os encontro mas parecem ao estilo da escrita de Esteves Cardoso]) ilustrados por desenhos (da irmã de Micaela, com nove anos). Pode a escolha do texto chocar alguns — apenas por causa do título —, mas é justa homenagem a MEC, que foi operado há pouco (começou hoje uma coluna sua, no Público, em que fará crónicas escritas enquanto estiver no hospital). Para quem não saiba, Miguel Esteves Cardoso — melhor como cronista do que como romancista — influenciou muito a escrita jornalística (e não sei se a literária também), bem como os nossos humoristas mais inteligentes. Escrita Na parte da responsabilidade da autora, há estes erros (de sintaxe): «O livro [de] que vou falar» (não se ouve o «de»); «*a pessoa que, apesar de todos os problemas que lhe provocou, ele irá sempre amá-la» (irá sempre amar); «*no papel de umas inúmeras vítimas» (tirar «umas»). Mas a escrita é boa e todo o filme é inteligente. Regras Excede-se o tempo combinado em cerca de um minuto.

Carolina (Luís Soares, Em silêncio, amor)

Carolina (18-17,5) Luís Soares, Em silêncio, amor Leitura Muito boa. Não notei falha nenhuma. Relação com o livro Apenas duas primeiras frases e a última são do livro, as restantes são criações da autora (segundo o estilo, o modelo, do original). Escrita Que a redacção é boa pode comprovar-se com isto: eu julgava, inicialmente, que a Carolina apenas lia trechos do livro; só depois de muito tentar localizar os passos nas páginas da obra é que consegui apurar que se tratava de texto escrito pela autora do bibliofilme. (E é preciso dizer que considero o livro em causa de muito boa escrita. Já agora, Luís Soares foi, há muitos anos, aluno da Secundária de Benfica.) O enquadramento pelo cenário e a expressividade da leitura são também interpretações criativas. Regras Cumpre todas.

Mariza (Margarida Rebelo Pinto, Diário da tua ausência)

Mariza (15,5-16) Margarida Rebelo Pinto, Diário da tua ausência Leitura Bastante boa (ainda que o som, medíocre, dificulte a compreensão — mas esse é mero problema técnico); há uma hesitação, que acontece ao mudar-se de folha. Relação com a obra Devo dizer que teria preferido que se tivesse escolhido outro livro, mais «literário». Segundo se diz no bibliofilme, trata-se de uma adaptação do livro de Rebelo Pinto (preciso eu de saber que tipo de intervenção houve no texto original: houve muitos acrescentos? apenas se condensaram passos?). Escrita Não encontrei falhas no texto (o que é bom sinal, no caso de o texto ser sobretudo de Mariza, e, para sermos maledicentes, é relativa surpresa se o texto for substancialmente de Margarida Rebelo Pinto). Além disso, gostei de certo tratamento estético (no que se refere às imagens). Regras Cumpre todas.

Luís (António Gedeão, Poemas escolhidos)

Luís (16,5) António Gedeão, Poemas escolhidos Leitura Muito boa (não notei falhas). Relação com a obra Mencionada a antologia, passa a aludir-se sobretudo ao «Poema da malta das naus», aproveitando-se imagens do mapa com a cronologia das viagens portuguesas. O comentário distancia-se bem do poema, fazendo-se um novo texto, de prosa quase poética, em torno do tema «o sonho». Escrita Bem redigida a recriação que referi, embora haja alguns lugares comuns («embrulhar infinitamente», «ser humano racional», «atingir os objectivos», «xadrez do teatro do mundo»); mas não há erros (aliás, um apenas: «ir de encontro ao desconhecido» devia ser «ir ao encontro do desconhecido»). Regras Cumpre todas.

Ana (Viktor Frankl, Um psicólogo no campo de concentração)

Ana (15,5-16) Viktor Frankl, Um psicólogo no campo de concentração Leitura Em geral, boa, com o cuidado em investir ao máximo num estilo expressivo, representado. Porém, por altura dos dois minutos, há umas hesitações, umas pausas, que não seguem a «pontuação» gramatical. Relação com o livro Cria-se um texto alusivo ao clima abordado no livro. Ao mesmo tempo, as imagens tentam também representar a situação que tudo enquadra. Escrita Boazinha, mas escudada num estilo monologal (ou de diálogo fictício) que, por causa da sua sintaxe simplificada, se torna mais fácil. Erros: «o sentimento compactua» («compactua» com quê?); «simplesmente não consegues» é mais linguagem da Ana do que da personagem que está em causa. Regras Cumpre todas.

Joana G. (Inês Pedrosa, Fica comigo esta noite)

Joana G. (16,5) Inês Pedrosa, Fica comigo esta noite Leitura Boa e pausada; com momentos de expressividade conseguida; apenas uma ou outra frases com sílabas mais contraídas). Erro feio: «*t[ê]nhamos» em vez de «tenhamos» (a palavra é grave; cuidado: esta maneira de dizer a 1.ª pessoa do plural dos conjuntivos está a ganhar terreno, mesmo entre bons alunos — ver também o bibliofilme de José, do 10.º 4.ª). Relação com livro Alude-se a parte do livro de Inês Pedrosa. Poderia ser um trailer quase profissional. É um clip que dá o suficiente da história mas deixa inferir um pouco mais e, sobretudo, faz querer adivinhar o resto. Escrita A redacção não é sofisticada, mas a concepção sim (boas ideias, quer no modo de apresentar a história, quer na estética mais propriamente cinematográfica). Um exemplo de redacção melhorável: «Aconteceu o que ninguém esperava ter acontecido» (melhor: «Aconteceu o que ninguém esperava tivesse acontecido»; ou: «Aconteceu o que ninguém esperava») Regras Cumpre todas, creio.

Tiago P. (José Saramago, As Intermitências da Morte)

Tiago (16,5) José Saramago, As Intermitências da Morte Leitura Boa, embora com «pontuação escrita» aqui e ali (lembro-me, por exemplo, de uma vírgula a seguir a um «que», que existe na escrita mas na oralidade não deve aparecer); outro aspecto que acaba por prejudicar ligeiramente a naturalidade da leitura é a relativa velocidade (que implica uma respiração que força pausas). Escrita e relação com o livro Concepção — planificação narrativa — é interessante: aproveita-se texto radiofónico sobre o mesmo livro, o que resolve a parte informativa, sem que o filme se torne escolar; regresso à entrevista radiofónica, no final, permite ouvir uma interpretação do próprio Saramago (o que é um bom fecho). Texto está bem escrito (entre recensão e sinopse, sem que surja linguagem que o autor não domine). Haverá um erro: «começa a parte mais *romancista de toda a obra» («romancística»?; «romanesca»?) Regras Cumpre todas.

Cláudia (Florbela Espanca, Sonetos)

Cláudia (17) Florbela Espanca, Sonetos Leitura Bastante boa, sem nenhum erro de pronúncia ou má interpretação de pontuação, mas mais sintonizada com o estilo dos trechos escritos pela Cláudia do que com o dos poemas (talvez aqui, sobretudo no caso do poema mostrado em texto também, devesse ter sido um pouco menos segura, mais «desarrumada»: os poemas de Florbela Espanca convidam a que se mime mais o próprio acto de estar a pensar, ficar-lhes-ia bem uma leitura entrecortada, de quem hesita). Relação com livro Enquadra-se a leitura de poemas de Florbela numa pequena narrativa, com a circunstância da descoberta do livro. Escrita Foi tudo bem redigido. Beneficia com ser de 1.ª pessoa (vai-se contando o próprio processo de criação do filme: necessidade de fazer um trabalho, encontro casual com livro — e calhou bem ser livro já com marcas de tempo —, procura de dados no manual, até se chegar à leitura de poemas. Não encontrei erros. Regras Cumpre todas (som da parte final fica mais baixo do que o do resto do filme).