Gaveta de Nuvens: Livros lidos pelo 11.º 8.ª

Filipa

Filipa (14,5-15) Pontos fortes Redação do texto, quase sem incorreções e muito clara, bem equilibrada entre relato da experiência pessoal, introdução ao contexto da obra, referência a um dos textos. Leitura em voz alta calma, na velocidade ideal, facilitando a compreensão de quem ouve. Boa imagem. Aspetos melhoráveis Não convém usar «romance» [0.13] como ‘paixão’ (um romance é um genéro do modo narrativo, maior que a novela); à frente [0.37], o termo já é usado no sentido devido. Em vez de «remete à» [1.02], seria «remete para a». Cerca de 1.37, «a qual» deveria ter como antecedente «esta história», mas o que está antes do pronome relativo é «Segunda Guerra Mundial», o que torna a frase agramatical (os relativos têm de ter como referentes as palavras que com eles confinam). Aliás, haverá demasiados «os quais» (fica melhor «que»). Teria preferido que não houvesse cortes na gravação.

Madalena S.

Madalena S. (17,5) Pontos fortes Elegância da escrita, levemente irónica, trabalhada, evidenciando que se pensou nas frases estilisticamente. Alusão a experiências pessoais-familiares literárias (a coleção «Vampiro», O Crime do Padre Amaro), sem deixar de se dar a conhecer o livro de Rubem Fonseca (que não nos aparece, porém, numa síntese demasiado arrumada). Muito boa leitura em voz alta. Slide-capa apropriado. Aspetos melhoráveis Na metade inicial da leitura haverá excesso de pontuação (nem todos os sinais de pontuação que usamos na escrita devem ter uma pausa correspondente na oralidade — exemplos: as vírgulas em «mas que, segundo eles,» não têm de implicar pausas; nem talvez também as de «um trabalho, que passava pela leitura de um policial,» ou as de «O Seminarista, que agora li,»). Creio que «uma comédia sádica, em que tentamos emcontrar o motivo da sua ação» [1.53] não é gramatical (teria de ser «uma comédia sádica, cujo motivo da ação tentamos encontrar»). Pareceu-me haver uma ou duas suspensões da gravação, o que facilita a leitura.

Zé