Monday, August 29, 2016

Itens de gramática em exames recentes (organizados por assuntos)



Itens de exame recentes com orações
[2016, 1.ª fase]
8. Classifique a oração iniciada por «que» (linha 1). [A ciência tem hoje tantas e tão úteis aplicações nas nossas vidas que a associação mais imediata que o cidadão comum faz hoje à ciência não pode deixar de ser a tecnologia.]
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9. Identifique o valor da oração subordinada adjetiva relativa presente nas linhas 3 e 4. [Essa associação, embora não diga o essencial sobre a ciência – que é acima de tudo a descoberta do mundo pelo homem –, não deixa de ser adequada.]
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[2016, 2.ª fase]
9. Indique o valor da oração subordinada adjetiva relativa presente na linha 16. [uma gota de água se me desenha na memória, como uma enorme pérola suspensa, que devagar vai engrossando e tarda tanto a cair, e não cai enquanto a olho fascinado.]
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10. Classifique a oração introduzida por «em que» (linha 32). [Duzentos anos a fabricar pedra, a construir uma pequena coluna, um mísero toco em que ninguém reparará depois.]
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[2016, época especial]
8. Indique o valor da oração relativa «que aqui confesso» (linha 1). [Esta paixão pela língua portuguesa, que aqui confesso, cega não será, superlativa muito menos.]
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9. Indique a função sintática desempenhada pela oração «que houve opressão e apagamento» (linha 9). [Sei, sim, que houve opressão e apagamento.]
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[2015, 1.ª fase]
9. Identifique a função sintática desempenhada pela oração subordinada presente na frase «E diz que o olfato perdeu importância em favor da visão» (linha 21).
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10. Classifique a oração iniciada por «mesmo se» (linha 29). [Cresce todo um comércio ligado ao olfato ambiental, com aromas para as várias divisões da casa e para o automóvel, líquidos que imitam o odor do pinheiro ou da lavanda, mesmo se os nossos estilos de vida nos distanciam cada vez mais da natureza.]
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[2015, 2.ª fase]
9. Identifique o valor da oração subordinada adjetiva relativa introduzida por «que» (linha 10). [A fidelidade do realizador ao texto começa nessas palavras, ditas por um narrador que, falando pela voz de Eça, não pretende ser o escritor, nem imitá-lo, mas apenas contar a história por ele, assim continuando em todo o filme, introduzindo lugares, personagens, episódios.]
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[2015, época especial]
7. A oração «que vai começar o embarque» (linha 16) [Quando a voz do altifalante avisa que vai começar o embarque, não tenho pressa.] é uma oração subordinada
(A) substantiva relativa. | (B) substantiva completiva. | (C) adjetiva relativa. | (D) adverbial consecutiva.

8. Identifique o valor da oração subordinada adjetiva relativa presente em «A mente, ocupada com a obsessão de eliminar problemas antigos, não se liberta a conceber a viagem que começará em breve.» (linhas 7 e 8).
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9. Identifique a função sintática desempenhada pela oração subordinada presente na frase «Sei que chegaremos todos ao mesmo tempo.» (linha 18).
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Itens de exame com funções sintáticas
[2016, 1.ª fase]
5. Nas expressões «protege-nos dos riscos» (linha 17) e «A ciência traz-nos constantemente novos riscos» (linhas 28 e 29), os pronomes pessoais desempenham as funções sintáticas de
(A) complemento indireto e de complemento direto, respetivamente.
(B) complemento direto e de complemento indireto, respetivamente.
(C) complemento indireto, em ambos os casos.
(D) complemento direto, em ambos os casos.

10. Refira a função sintática desempenhada pela oração subordinada presente em «é inevitável que vivamos permanentemente sob ameaças» (linha 8).
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[2016, 2.ª fase]
8. Identifique a função sintática desempenhada pela expressão «o rio Saône» (linha 14). [Vai levando o rio Saône a sua corrente envenenada, e é neste momento que uma gota de água se me desenha na memória, como uma enorme pérola suspensa, que devagar vai engrossando e tarda tanto a cair, e não cai enquanto a olho fascinado.]
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[2015, 2.ª fase]
10. Refira a função sintática desempenhada por «que» (linha 26). [Em Os Maias de João Botelho, ao contrário do que acontece com as personagens, e à parte as cenas de interior, filmadas em ambientes da época que ainda hoje mantêm as suas características — a Casa Veva de Lima, o Grémio Literário —, não encontramos cenários realistas, que a Lisboa de hoje não permitiria.]
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[2014, 1.ª fase]
2.1. Identifique a função sintática desempenhada pela palavra «queirosiano» (linha 13). [Mas se é verdade que Eça continua atual, e Portugal em muitos dos seus traços sociológicos continua queirosiano, parece-me desajustado que se continue a divulgar a ideia de que a sua prosa e os seus tipos constituem uma espécie de bitola geneticamente inultrapassável.]
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[2014, 2.ª fase]
2.3. Identifique a função sintática desempenhada pelo pronome pessoal em «pode inspirar-nos em cada tempo» (linhas 29 e 30). [O magistério crítico de Vieira ainda faz sentido nos dias de hoje e pode inspirar-nos em cada tempo para não desistirmos de construir uma sociedade mais justa e mais fraterna.]
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[2014, época especial:]
2.3. Identifique a função sintática desempenhada pela expressão «viver e pensar» (linha 25). [Caeiro não é um filósofo, é um sábio para quem viver e pensar não são atos separados.]
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[2013, 1.ª fase]
2.3. Identifique a função sintática desempenhada pela expressão «secreta e insolúvel» (linha 22). [Permanecerá para sempre secreta e insolúvel.]
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[2013, 1.ª fase, data especial]
2.3. Identifique o sujeito da oração «mas com as viagens marítimas tudo mudou» (linhas 17 e 18).
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[2013, 2.ª fase]
1.7. Na frase «A mãe tentou compensar-me, tentou lutar contra a minha morte dando-me poesia.»
(linha 36), os pronomes pessoais desempenham, respetivamente, as funções sintáticas de
(A) predicativo do sujeito e complemento direto.
(B) complemento indireto e complemento direto.
(C) complemento direto e complemento indireto.
(D) predicativo do sujeito e complemento indireto.

[2013, época especial]
2.3. Identifique a função sintática do pronome pessoal sublinhado em «eu tenho livros que me foram oferecidos» (linha 26).
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Itens para identificação de referentes (ou semelhantes) em exames recentes
 [2016, época especial]
10. Identifique o antecedente do possessivo «sua» (linha 27 [«Quando o angolano Ondjaki dedica um poema ao brasileiro Manoel de Barros, quando Mia Couto reconhece a influência que teve Guimarães Rosa na sua escrita transfiguradora e transfigurada pelas africanas narrativas do seu povo;»]).
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[2015, 1.ª fase]
8. Identifique o antecedente do pronome pessoal presente na expressão «há cerca de duzentos e cinquenta termos a ela relativos» (linha 17 [«Num ensaio sobre a antropologia do olfato, David Le Breton escreve que as sociedades ocidentais deixaram de valorizar os odores. E dá dois exemplos: na época de Dürer, existiam na língua alemã mais de cento e cinquenta e oito palavras para designar cheiros diferentes. Dessas, apenas trinta e duas hoje subsistem, e frequentemente como formas dialetais muito localizadas. Pelo contrário, no mundo árabe-muçulmano, que mantém mais viva a sabedoria dos odores, há cerca de duzentos e cinquenta termos a ela relativos.)»]).
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[2015, 2.ª fase]
8. Transcreva a palavra que constitui uma catáfora da expressão «os trajes (num figurino rigoroso), os cenários, as próprias vozes dos atores» (linha 16 [«Tudo é cor neste filme, os trajes (num figurino rigoroso), os cenários, as próprias vozes dos atores transbordam de tons ora suaves ora lúgubres, frementes de paixão, graves de dramatismo, estridentes de caricatura.»]).
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[2015, época especial]
10. Identifique o antecedente do pronome «o» presente na frase «Faço-o durante toda a viagem.» (linhas 19 e 20). [«Sei que chegaremos todos ao mesmo tempo. Entro no avião com o pé direito, sento-me e, só nesse momento, começo a fantasiar sobre o destino para o qual me dirijo. Faço-o durante toda a viagem.»]
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[2014, 2.ª fase]
2.1. Identifique a expressão de que o pronome «aquilo» (linha 7) é uma catáfora. [«Vieira gizou, a partir de um diagnóstico lúcido dos problemas do presente político, social, económico e religioso, aquilo que o especialista Aníbal Pinto de Castro denominou como sendo uma «cidadania do futuro».»]
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[2014, época especial]
1.4. O recurso à expressão «tudo o que Fernando Pessoa não pode ser» (linha 4 [«E apesar de os leitores do século XXI preferirem claramente o trágico engenheiro Álvaro de Campos ou o solitário urbano Bernardo Soares, a verdade é que é de Caeiro que irradia toda a heteronímia pessoana, pois ele é tudo o que Fernando Pessoa não pode ser: uno porque infinitamente múltiplo, o argonauta das sensações, o sol do universo pessoano.»]) configura uma
(A) elipse. | (B) anáfora. | (C) reiteração. | (D) catáfora.

[2013, 1.ª fase]
2.2 Indique o antecedente do pronome sublinhado em «O que tenho a dizer escrevi-o.» (linha 15)
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[2013, época especial]
2.2. Indique o antecedente do pronome que ocorre em «Não o podemos sequer perfumar» (linha 26) [«Amar um livro é pedir-lhe que seja sempre nosso, assim, como um amor que se conserva para repetir ou reaprender. Como poderemos jurar fidelidade a um texto que se desliga? É como não ter sentimentos, descansar na morte, não permanecer vivo enquanto espera por nós. É infiel. Não o podemos sequer perfumar e eu tenho livros que me foram oferecidos com aroma de buganvílias e canela.»]
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[2012, 2.ª fase]
2.2. Indique o antecedente do determinante possessivo que ocorre em «a sua subordinação à hegemonia das imagens» (linhas 15 e 16). [«É, por isso, inteiramente lícito que nos interroguemos sobre a relação possível entre o esvaziamento das palavras e a sua subordinação à hegemonia das imagens, das quais se diz agora valerem, cada uma delas, mais do que mil palavras, num câmbio tão duvidoso quanto sugestivo.»]
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[2011, 1.ª fase]
2.1. Indique o antecedente dos determinantes possessivos que ocorrem em «A sua grande vegetação, o seu grande triunfo de flora» (linhas 12 e 13). [«As terras não se cultivavam. Faziam, inertes, as suas despedidas da fertilidade, suportavam aquela pausa intermédia entre a morte e a inumação. A sua grande vegetação, o seu grande triunfo de flora, era o cardo. Se lhe davam folga, o cardo cobria de verde-cinzento a paisagem.»]
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Itens de exame em torno de atos ilocutórios
 [2014, 1.ª fase]
2.3. Classifique o ato ilocutório presente em «Como um dia veremos.» (linha 29). [É por isso que, para além do culto que a obra de Eça legitimamente merece, por mérito próprio e grandeza genuína, se deve reconhecer, para sermos justos, que muita da admiração totalitária que Eça desencadeia nasce porventura duma espécie de preguiça e lentidão em entender, ainda nos nossos dias, a linguagem diferente daqueles que lhe sucederam. O que não parece vir a propósito, embora venha. Como um dia veremos.]
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 [2013, 1.ª fase]
1.7. Na frase «E, após isso, ninguém lerá uma só palavra posta por mim num pedaço de papel.» (linhas 9 e 10), o autor realiza um ato ilocutório
(A) compromissivo. | (B) declarativo. | (C) expressivo. | (D) diretivo.
[2013, 2.ª fase]
2.2. Classifique o ato ilocutório presente em «A sua poesia ainda tem segredos para si?» (linha 21).
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Itens de exames recentes em torno de de classes de palavras
 [2016, 2.ª fase]
5. Nas linhas 13 e 15, a palavra «se» [«Não iria longe esta crónica se não fosse a providência dos cronistas, a qual é (aqui o confesso) a associação de ideias. Vai levando o rio Saône a sua corrente envenenada, e é neste momento que uma gota de água se me desenha na memória, como uma enorme pérola suspensa»] é
(A) uma conjunção em ambos os casos.
(B) um pronome em ambos os casos.
(C) um pronome e uma conjunção, respetivamente.
(D) uma conjunção e um pronome, respetivamente.

[2016, época especial]
6. Nas expressões «Se chega» (linha 15) e «se desnuda» (linha 16), as palavras sublinhadas são [«Mas acontece que a repressão é mecânica e a língua é biológica. Se chega às terras de outros povos na bagagem do colonizador, em breve sai e se desnuda e se alimenta, e adormece e procria.»]
(A) conjunção e pronome, respetivamente.
(B) pronome e conjunção, respetivamente.
(C) conjunções, em ambos os casos.
(D) pronomes, em ambos os casos.

[2015, 1.ª fase]
4. Na expressão «desde as imagens mais triviais às mais sofisticadas» (linha 18), os adjetivos significam, respetivamente,
(A) comuns e sensuais.
(B) conhecidas e misteriosas.
(C) banais e requintadas.
(D) sugestivas e luxuosas.

*[2015, época especial]
5. A anteposição do pronome «lhe» (linha 35) justifica-se pela [«No que diz respeito ao olhar, impôs-se aquele que está lá e que privilegia a experiência simples dos sentidos. No fundo, para quem foi, o mais fundamental desse tempo, aquilo que efetivamente lhe acrescentou mundo, foi ter ido, ter estado lá realmente, ter olhado em volta.»]
(A) presença de uma expressão adverbial enfática.
(B) presença de um advérbio de negação.
(C) sua integração numa frase em discurso indireto livre.
(D) sua integração numa oração subordinada relativa.

[2014, 2.ª fase]
1.7. No excerto «Denunciou as estruturas de corrupção, que considerava uma espécie de cancro que afetava gravemente a missão dos governos e o superior interesse do Reino e dos súbditos do rei.» (linhas 9 a 11), as palavras sublinhadas são
(A) um pronome e uma conjunção, respetivamente.
(B) uma conjunção e um pronome, respetivamente.
(C) pronomes em ambos os contextos.
(D) conjunções em ambos os contextos.

[2014, época especial]
1.7. No excerto «Inês Pedrosa refere que Caeiro seria a “figura da musa” para o poeta, que aliás o descreve em termos helénicos, louro como um deus grego.» (linhas 18-19), as palavras sublinhadas são
(A) um pronome e uma conjunção, respetivamente.
(B) uma conjunção e um pronome, respetivamente.
(C) pronomes em ambos os casos.
(D) conjunções em ambos os casos.

Itens de exame recentes em torno de processos de formação de palavras
[2014, 2.ª fase]
1.5. Os processos de formação das palavras «cristãos-novos» (linha 12) e «confisco» (linha 17 [«realizar o confisco prévio dos bens dos arguidos»]) são, respetivamente,
(A) derivação e amálgama. | (B) composição e truncação. | (C) amálgama e parassíntese. | (D) composição e derivação.
[2013, prova intermédia]
1.3. Os processos de formação das palavras «plastisfera» (linha 11 [«Parece que todo esse plástico está a ser adotado por vários tipos de bactérias que o usam como uma espécie de recife. Foram encontrados pelo menos mil tipos diferentes de microrganismos. Segundo o estudo publicado na Environmental Science & Technology, é uma verdadeira «plastisfera», um imenso ecossistema.»]) e «matéria-prima» (linha 21) são, respetivamente,
(A) derivação e composição. | (B) truncação e composição. | (C) parassíntese e amálgama. | (D) amálgama e composição.

Itens de provas de exame recentes com figuras de estilo
[2016, 2.ª fase]
7. No último parágrafo [«Falo do tempo e de pedras, e, contudo, é em homens que penso. Porque são eles a verdadeira matéria do tempo, a pedra de cima e a pedra de baixo, a gota de água que é sangue e é também suor. Porque são eles a paciente coragem, e a longa espera, e o esforço sem limites, a dor aceite e recusada — duzentos anos, se assim tiver de ser.»], são utilizados vários recursos estilísticos, entre os quais
(A) a sinestesia e a anáfora. | (B) a ironia e a sinestesia. | (C) a anáfora e a hipérbole. | (D) a hipérbole e a ironia.

[2015, 1.ª fase]
6. Na expressão «paisagens olfativas» (linha 27), o autor utiliza
(A) uma metonímia. | (B) um eufemismo. | (C) um paradoxo. | (D) uma sinestesia.

[2015, 2.ª fase]
6. No contexto em que ocorre, a expressão «grosso volume do romance de Eça de Queirós» (linha 4 [«Hesitei nesta escolha: pensei que seria como ler o resumo em lugar de regressar — como tantas vezes já regressei — ao grosso volume do romance de Eça de Queirós.»]) constitui um exemplo de
(A) perífrase. | (B) hipálage. | (C) eufemismo. | (D) paradoxo.

[2014, 1.ª fase]
1.5. Na expressão «deflagração extraordinária» (linha 18) [«Não viveu, porém, e infelizmente, a deflagração extraordinária operada no seio das certezas e dos objetos, decomposição dos seres visíveis e invisíveis que viria a produzir as grandes experiências literárias do século XX.»], a autora recorre a
(A) uma antítese. | (B) um oxímoro. | (C) uma metáfora. | (D) um eufemismo

[2013, época especial]
1.7. Na expressão «Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora» (linha 14; [As casas de papel são modos de pensar na tangibilidade do texto, na manualidade de que ele dependeu para ser lido. São modos de pensar nos autores. Cada autor como um lugar e um abrigo. Um lugar. Ler um livro é estar num autor. Preciso de pensar nos objetos para acreditar nos lugares. Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora, não consigo sentir-me bonito dentro de um Kindle, de um iPad ou de um Kobo. Penso em mim melhor numa coisa entre capas. A ilustração sem pilhas. As letras sem pilhas. Eternas e sem mudanças. De confiança.]), o autor recorre à
(A) hipálage. | (B) metáfora. | (C) metonímia. | (D) ironia

[2016, 1.ª fase, item do grupo I]
1. Explique o sentido quer das antíteses quer das interrogações retóricas presentes no início do monólogo de Matilde (linhas de 1 a 14) [«Ensina-se-lhes que sejam valentes, para um dia virem a ser julgados por covardes! Ensina-se-lhes que sejam justos, para viverem num mundo em que reina a injustiça! Ensina-se-lhes que sejam leais, para que a lealdade, um dia, os leve à forca! (Levanta-se) Não seria mais humano, mais honesto, ensiná-los, de pequeninos, a viverem em paz com a hipocrisia do mundo? (Pausa) Quem é mais feliz: o que luta por uma vida digna e acaba na forca, ou o que vive em paz com a sua inconsciência e acaba respeitado por todos?»].

[2016, época especial, item do grupo I]
4. Explique o sentido da metáfora «São o pão quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13 [«São o pão quotidiano dos grandes; e assim como o pão se come com tudo, assim com tudo e em tudo são comidos os miseráveis pequenos»]), tendo em conta o conteúdo do excerto.

[2016, época especial, item do grupo I]
5. Relacione o recurso à interrogação retórica presente na linha 16 [«Qui devorant plebem meam, ut cibum panis. Parece-vos bem isto, peixes?»] com a intenção crítica do pregador presente nas linhas que se lhe seguem.

Itens de exames recentes com deíticos
 [2015, época especial]
6. «Aí» (linha 31) e «lá» (linha 33) [«três polos de influência mundial que contribuíssem com pistas para o retrato daquilo que é o mundo hoje e, ao mesmo tempo, permitissem intuir um pouco do mundo que aí vem. Tentando erguer o tripé de um álbum de impressões, memórias, imagens, detalhes de instantes. No que diz respeito ao olhar, impôs-se aquele que está lá»] são
(A) um deítico espacial e um deítico temporal, respetivamente.
(B) um deítico temporal e um deítico espacial, respetivamente.
(C) deíticos temporais em ambos os casos.
(D) deíticos espaciais em ambos os casos.

Itens de exames recentes em torno de valores aspetuais
[2016, 2.ª fase]
6. O complexo verbal «está aproximando» (linha 26) [«Na gruta imensa, o tempo está aproximando duas pedras insignificantes e promete a silenciosa união para daqui a duzentos anos.»] tem um valor aspetual
(A) genérico. | (B) pontual. | (C) iterativo. | (D) durativo.

[2013, data especial]
1.5. Na expressão «ia chegando» (linha 26), o evento é perspetivado como
(A) progressivo. | (B) habitual. | (C) acabado. | (D) pontual.

Itens de exames recentes com menção de holonímia, meronímia, Hiperonímia, ...
 [2016, época especial]
7. Relativamente à expressão «a língua portuguesa» (linha 29), o recurso ao pronome demonstrativo presente na linha 31 [«comunidade de diferenças elástica, simbiótica e altiva. Esta é a ditosa língua, minha amada.»] constitui uma
(A) substituição por hiperonímia. | (B) substituição por sinonímia. | (C) anáfora. | (D) catáfora.

[2013, data especial]
1.7. As palavras «navios» (linha 35) e «marinheiros» (linha 36)
(A) pertencem ao mesmo campo lexical. | (B) pertencem ao mesmo campo semântico.
(C) estabelecem uma relação de holonímia/meronímia. | (D) estabelecem uma relação de hiperonímia/hiponímia

[2013, época especial]
1.6. O vocábulo «folhas» (linha 9), relativamente ao vocábulo «livro» (linha 7), é um
(A) hipónimo. | (B) merónimo. | (C) holónimo. | (D) hiperónimo.

Itens de exame recentes com tipos textuais
[2016, 1.ª fase]
7. O último parágrafo do texto [«Qual é então o valor da ciência? E quais são os perigos da ciência? De facto, a ciência como processo intelectual de descoberta do mundo é inofensiva. É melhor saber do que não saber. Mas a atividade que o homem exerce ou pode exercer no mundo, uma vez em posse do conhecimento científico, é sempre arriscada»] é predominantemente
(A) narrativo. | (B) expositivo. | (C) descritivo. | (D) argumentativo.

[2014, 1.ª fase]
1.7. O último parágrafo do texto [«Mas se é verdade que Eça continua atual, e Portugal em muitos dos seus traços sociológicos continua queirosiano, parece-me desajustado que se continue a divulgar a ideia de que a sua prosa e os seus tipos constituem uma espécie de bitola geneticamente inultrapassável. O cânone, por mais que o seja, não pode ser tomado como uma medida parada. É inquestionável que Eça ultrapassou de longe a Escola Realista, onde mal cabia, e chegou mesmo a pressentir o Modernismo que iria estilhaçar muito em breve o conceito da criação como reprodução da realidade. Não viveu, porém, e infelizmente, a deflagração extraordinária operada no seio das certezas e dos objetos, decomposição dos seres visíveis e invisíveis que viria a produzir as grandes experiências literárias do século XX. As literaturas, e em especial a ficção que se lhe seguiu, tornar-se-iam bem mais complexas, e também mais difíceis de apreender e aceitar, enquanto espelho da vida. A partir de então, a ficção passou a ser o espelho duma outra vida bem mais lábil e inapreensível. A narrativa incorporou os resíduos das aparências e o seu consumo transformou-se, naturalmente, em atos de muito menor docilidade. É por isso que, para além do culto que a obra de Eça legitimamente merece, por mérito próprio e grandeza genuína, se deve reconhecer, para sermos justos, que muita da admiração totalitária que Eça desencadeia nasce porventura duma espécie de preguiça e lentidão em entender, ainda nos nossos dias, a linguagem diferente daqueles que lhe sucederam. O que não parece vir a propósito, embora venha. Como um dia veremos.»] é predominantemente
(A) narrativo. | (B) descritivo. | (C) argumentativo. | (D) expositivo.

Itens de exame com sentidos conferidos por marcadores ou por pontuação
 [2015, 1.ª fase]
2. O uso de parênteses nas linhas 8 e 9 [«A dificuldade de narrar um odor (é impossível fazê-lo com precisão, apenas com o recurso a metáforas e comparações lá chegamos) está bem expressa no diálogo perfumado de ironia das Investigações Filosóficas, quando Wittgenstein pergunta: «Procuraste já descrever o aroma do café sem conseguir?»] justifica-se pela introdução de uma
(A) conclusão. | (B) transcrição. | (C) explicação. | (D) enumeração.

[2015, 2.ª fase]
5. A utilização de dois pontos na linha 2 e na linha 8 [«Tenho a sorte de já ter assistido duas vezes a Os Maias de João Botelho. Em maio vi a versão longa, na Cinemateca, pelo que agora escolhi a versão curta. Hesitei nesta escolha: pensei que seria como ler o resumo em lugar de regressar – como tantas vezes já regressei – ao grosso volume do romance de Eça de Queirós. E quem quer ler um resumo quando pode perder-se numa das mais perfeitas narrativas da literatura portuguesa? Não me arrependo de ter escolhido ambas. A montagem do filme permite que não falte, nem numa nem na outra, qualquer episódio ou fala essencial para o completo entendimento da obra. Em ambas as versões as palavras iniciais são uma surpresa: “A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa no outono de 1875...”.»] serve para introduzir, respetivamente,
(A) uma explicação e uma enumeração. | (B) uma explicação e uma citação. | (C) uma enumeração e uma explicação. (D) uma enumeração e uma citação.

[2014, 2.ª fase]
1.3. No contexto em que ocorre, a expressão «Por outro lado» (linha 19 [«Nesta linha, criticou fortemente a atuação da Inquisição e propôs uma reforma séria dos estilos, isto é, de algumas práticas judiciais deste tribunal, nomeadamente o facto de manter sob anonimato os denunciantes e realizar o confisco prévio dos bens dos arguidos. Por outro lado, Vieira foi um precursor de uma reflexão crítica que favoreceria a emergência de uma consciência moderna do que se veio a designar mais tarde por Direitos Humanos».]) é equivalente a
(A) em contrapartida. | (B) por sua vez. | (C) assim. | (D) além disso.

[2014, época especial]
1.6. No texto, a palavra «nascimento» (linha 10 [«Foi nesta carta a Adolfo Casais Monteiro que Pessoa descreveu o «nascimento» de Caeiro. Apesar de os estudos pessoanos terem demonstrado que a carta não diz toda a verdade sobre a criação do heterónimo, nem dos poemas, a verdade é que aquilo que nela haverá de ficção serve para que Pessoa continue o seu jogo infinito com as racionalmente definidas fronteiras do real e do irreal.»]) encontra-se entre aspas porque se pretende destacar
(A) uma citação. | (B) uma expressão irónica. | (C) um sentido figurado. | (D) um título.

[2013, 2.ª fase]
1.5. A questão iniciada por «Mas» (linha 23), relativamente à questão colocada na linha 21, corresponde
Isso confirma que este livro é a chave para a sua poesia. — Em certo sentido, é a revelação dos recessos da minha poesia, de um certo número de segredos. Todos temos segredos e eu revelo alguns, importantes, que ajudam o leitor a perceber que aquele sujeito que lia o Dante ou o Camões era um indivíduo que podia morrer.
A sua poesia ainda tem segredos para si? A minha poesia é uma luta contra a morte. Contra esse erro que é a morte.
Mas tem zonas obscuras ou tudo nela é cristalino para si? A vida é cristalina, a morte é repelente. Nunca percebi como, no mistério da criação, pode existir a morte. Nisso sou do contra. E procuro o quê? Procuro exaltar tudo o que a vida tem de bom.»]
(A) à introdução de uma ideia nova, oposta à anterior. | (B) a uma síntese da opinião do entrevistado. | (C) a uma leitura alternativa da obra do poeta. | (D) à clarificação daquilo que se pretende perguntar.

[2013, época especial]
1.4. Ao utilizar a interrogação retórica, na linha 24 [«Amar um livro é pedir-lhe que seja sempre nosso, assim, como um amor que se conserva para repetir ou reaprender. Como poderemos jurar fidelidade a um texto que se desliga? É como não ter sentimentos, descansar na morte, não permanecer vivo enquanto espera por nós. É infiel.»], o autor
(A) solicita uma informação. | (B) reforça uma opinião. | (C) introduz uma ideia nova. | (D) reformula um pedido.